Homenagem a Dina Dee Guerreira do Rap
quarta-feira, 24 de março de 2010

Dina Dee a guerreira do rap deixará saudades ela que morreu na madrugada de sabádo dia 20/03/2010 vitíma de uma infecção generalizada por uma infecção hospitalar contraida
durante o parto de sua filha.A infecção aumentou e levou a guerreira embora mas fica ai a homenagem porque sabemos que tua presença se fará sempre presente em nossos corações que Deus a tenha Dina Dee.
VOZ FEMININA DOS BECOS (matéria da revista época Especial)
Entre todas as vozes femininas que se levantam, Dina Dee é a mais marginal na vida. Quase invisível no sistema que o hip-hop combate, ela é denúncia andante, conceitua o rap na carne. Sem documento, dias atrás tentava provar num cartório que era 'amásia' para poder visitar o companheiro na cadeia. Para fazer o videoclipe Mente Engatilhada foi pedir um tênis numa loja porque não tinha sapato. Tudo o que come é arroz com feijão uma vez por dia.
Foi achada vivendo de favor, dormindo no chão de um único cômodo dividido com mais dois numa quebrada mais do que pesada da Zona Leste de São Paulo. Tinha R$ 5 no bolso e a TV ligada nas notícias do mundo-cão para saber como andava o clima nas prisões. Preparava uns CDs para despachar rumo a uma penitenciária feminina onde eles 'vão rodar, de cela em cela, de cadeia em cadeia'. 'Uma prima minha perdeu o filho dentro da prisão. Foi abortando a criança durante a noite, sem socorro. Quando a mulherada ouve as minhas músicas, sabe que não está sozinha', conta. No fim de semana, Dina Dee encontra o grupo de rap RZO para fazer até três shows por noite sem ter a certeza de voltar com algum. 'Tô vivendo de sonho, de subir no palco. Pegar trem, ônibus, perua e cantar para verem que eu não morri. Sobrevivi a tudo e estou ali', diz. 'E depois descer e não ter nem dinheiro para comer um cachorro-quente.'
LADY CHRIS, 29 ANOS
Uma filha de 4 anos, outra na barriga, a rapper não vacila
A mulherada tá na luta há mais de miliano/Minhas trutas são guerreiras, temos nosso plano/Escuta bem abra o ouvido/Vê se passa um pano/Tou com minha legião de mulheres brilhantes/Tou seguindo a frente/Tou mais adiante
Sou filha de passista, mas o samba não me deu consciência da raça. Não dá para ser f. e ficar no laialaiá. O rap foi o diferencial na minha vida. Mas como é que um movimento contra a opressão faz essa discriminação contra a mulher? Para eles a mulher continua sendo dona-de-casa. Quando os dois cantam e a menina engravida, é ela quem pára. O cara segue seu rumo. Eles dizem que rap feminino não vende. Cansei de levar cantada em gravadora alternativa. Quando comecei nos palcos, os manos gritavam que tinham um tanque de roupa para lavar, mandavam rimar no fogão. Perdi parceira com medo de se indispor. As meninas ainda têm muito medo de retaliação. Várias desistiram porque tiveram filhos sem apoio. Eu, não. Dou um jeito.
Perdeu a conta de quantas vezes amargou a Febem, perambulou por distritos policiais, fugida de casa desde os 13 anos, cansada de trabalhar para a mãe desde os 7, vendendo rosas, bonecas de corda, cachos de uva. Tem problemas de dicção, só estudou até a 3ª série, nada disso a impediu de escrever desde sempre, com uma caneta sem pedigree e as vísceras. Fala 'estrupo', mulher muitas vezes é 'muié', nós é 'nóis'. Mas rima as dores que a perfuram. 'Eu nunca paguei pau pra homem', desafia. 'Do nosso mundo só nóis conhece. Cada mulher sabe o medo que ela tem. O homem pode ver, mas não pode sentir. Por isso, eu tenho o maior respeito pelos Racionais, mas, vai me desculpar, chamar uma mulher de vadia é muito difícil de aceitar. O Mano Brown fala da mãe nas letras, mas nunca da mulher dele. Qual é a resposta? Resistir. Eu sou Dina Dee. E meu bagulho tá no sangue.'
Ela descobriu o hip-hop aos 16 anos. Começou a cantar enfiada em roupas largas, óculos escuros, boné, cara de má, ao estilo da primeira geração do rap feminino que subiu ao palco travestida de macho. 'Eu não queria botar roupa justa para olharem para a minha bunda e não repararem na minha música. Queria que ouvissem a minha verdade', explica. Hoje usa sombra azul, trança o cabelo, sobe no salto. Lady Chris, uma das veteranas, foi a primeira a enfiar uma minissaia e enfrentar os manos do palco. Outra pioneira, Sharylaine, se vestia como homem, mas usava rosa para marcar a diferença. A nova geração surge cada vez mais feminina, no visual, na voz e no estilo de cantar. Como Negra Li, do RZO. Linda de voz e de estampa, ela levanta a platéia masculina, que joga os bonés no palco em busca de um autógrafo.
Nenhuma delas ainda é espelho para as garotas da periferia que, se não querem mais ser Xuxa, têm a rapper americana Lauryn Hill como referência. Mas o cenário começa a mudar pelo esforço de cantoras como Dina Dee e outras 'minas firmeza'. 'Eu digo pra essas meninas que sou a número um porque resisto. Perdi tudo o que tinha para perder. Pai, mãe, filho, casa, meu nome f. no SPC. E tô aí, fazendo rap para mostrar que tô viva', grita. 'Tô aí, morrendo um pouco por dia.'
Do que ela mais tem medo é da morte de Dina Dee. Quando descer do palco e só restar a Viviane Lopes Matias, o nome que constava no RG que perdeu, 'uma mina que não tem emprego, nem estudo, nem chance'. A Viviane 'não nasceu pro crime, mas não tem currículo nem pra faxina'. Essa é a força do rap e Dina Dee o encarna como poucos – homem ou mulher. Sem o grito da periferia, só caberiam aos excluídos do banquete os restos. No palco, diante de milhares de sobras humanas com voz e com raiva, Dina Dee e os seus têm chance de não morrer no beco.
Por Clóves Saint-Clair, do Rio
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domingo, 7 de fevereiro de 2010
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E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda terra está cheia da tua glória.
Isaias 6:1,2,3
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Para nós, uma nova história, um novo nascimento... Cristo mudou as nossas vidas.
DJ MICO: Edmilson, mais conhecido como Mico DJ do AZL, Servo do Senhor e Temente a Deus.
Cristo fez uma obra de milagre e libertação, hoje em busca do mais de Deus e seguindo em frente em busca do seu sonho.
LECÃO: Alex: Acredito que o mundo pode mudar e que atravez do entendimento da palavra vidas podem ser mudadas. Eu mudei você pode mudar, pois quem te ajuda é CRISTO O SENHOR.
TUTÃO: Eduardo: Guerreiro de Cristo com fé e coragem para lutar… inspirado em undground e reguera é nois
DAIANE: Mais conhecida como Daya Pérola, uma guerreira do Senhor que luta por seus ideais e objetivos, serva do Senhor que tem um coração imenso, que ama sem medo de amar e ajuda quem necessita de auxilio, Deus fez uma grande obra em sua vida, e deste Jesus ela não abre mão, pois quando é tocada por Deus, fala o que o Senhor manda falar.
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